quinta-feira, 29 de maio de 2008

O JARDIM DO ÉDEN DA AMAZÔNIA CHORA A PERDA DA MINISTRA MARINA SILVA

Sebastião Heber

A Teologia Bíblica coloca em relevo a importância, no livro do Gênesis, da responsabilidade daquele primeiro casal simbólico, em cultivar o Jardim do Paraíso. Como se torna atual essa necessidade! A imprensa, escrita e falada, tem trazido em manchete a preocupação internacional com esse Paraíso Perdido, mas sempre achado pelos especuladores, que é a Amazônia.Nesse clima de tensão, sai a Ministra Marina, aquela que é considerada mais do que uma madrinha daquela região, mas alguém que tem uma identificação total com a causa da natureza.
A sociedade moderna está vivendo um momento histórico que exige repensar a sua relação com o ambiente, com o outro e consigo mesmo..São dicotomias sempre atuais nas nossas preocupações.Uma característica das lutas em defesa do meio ambiente é a sua estreita vinculação com a dignidade da vida material do ser humano.
O famoso antropólogo Franz Boas ( que foi professor de Gilberto Freyre) lembra que todas a formas da cultura humana derivam do ambiente geográfico em que vivem os homens. E Edgard Morin, preocupado com a preservação da natureza, diz que o destino do homem foi, em grande parte, o de se proteger da natureza e dela tirar a sua subsistência. Continua ainda ele:”Hoje, o homem, que pretendeu ser o amo e senhor da natureza, descobre a sua tirania; e descobre também que a natureza pode morrer (...). Mas é preciso também, para libertar o homem, libertar a natureza, ameaçada pelo gigantismo e a brutalidade da indústria”.
O Brasil é, inegavelmente, um dos países mais ricos do mundo em termos ambientais: possui em seus 8.511.996 km2 cerca de 1/3 das florestas tropicais existentes no planeta e o maior sistema fluvial do mundo ( para confirmar isso, basta citar que 2/3 da vasta bacia fluvial amazônica estão no território brasileiro). Dentro dessa grandiosidade ambiental, podemos citar o Pantanal como o maior complexo de savana, que contem a mais rica diversidade biológica e as maiores extensões de mangue do mundo.
Mas ao lado dessa riqueza natural, é no Brasil que se encontram os centros mais poluídos do mundo, como conseqüência de uma industrialização crescente e desordenada, gerando, contraditoriamente, imensos focos de miséria e uma ocupação desordenada. A Mata Atlântica tem sido sistematicamente destruída há mais de um século – basta ver aqui bem perto de nós, o que sobrou em torno da Avenida Paralela – e é, hoje, o segundo bioma florestal mais devastado do mundo. Ela perdeu áreas originais consideráveis e resiste à ação do homem através de pequenas porções de florestas, que são de crucial importância para a proteção dos mananciais, prevenção da erosão e conservação das espécies raras da região.
No dia 16/05/2008, a ex-ministra Marina Silva foi elogiada publicamente pelo Frei Beto, no Jornal “Folha de S. Paulo” num artigo que, alem de ser contundente, não foi menos verdadeiro: “Na Esplanada dos Ministérios, como Ministra do Meio Ambiente, tu eras a Amazônia cabocla, indígena, mulher. Muitas vezes, ao ouvir tua voz clamar no deserto, perguntei-me, até quando agüentarias. Não te merece um governo que se cerca de latifundiários e cúmplices do massacre dos ianomâmis. Não te merecem aqueles que miram impassíveis os densos rolos de fumaça volatilizando a nossa floresta para abrir espaço ao gado, à soja, à cana, ao corte irresponsável de madeiras nobres”.
Ele lembra ainda que ela fora excluída do Plano Amazônia Sustentável. A dúvida dele é a quem esse Plano irá beneficiar : aos ribeirinhos, aos povos indígenas, aos caiçaras,aos seringueiros, ou às madeireiras,e às empresas do agronegócio ? São perguntas sem respostas formais. O que ele lamenta é que ela não foi munida de recursos necessários à execução do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal, aprovado pelo governo em 2004.
E ele continua fazendo denúncias que clamam aos céus : “Entre 1990 e 2006, a área de cultivo de soja na Amazônia se expandiu ao ritmo médio de 18% ao ano. O rebanho se multiplicou 11% ao ano. Os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, detectaram entre agosto e dezembro 2007, a derrubada de 3.235 km2 de floresta. Como os satélites só captam cerca de 40% da área devastada, o próprio governo estima que 7 mil km2 tenham sido desmatados”.
Na Antiguidade, a preocupação com as questões do meio ambiente já se encontram expressas no Pentateuco, um dos livros integrantes da Torá ou Lei bíblica,quando, no relato da Criação, vemos Deus Criador recomendar aos primeiros homens que preservem o mundo no qual Êle os colocou . Podemos dizer que as primeiras noções sobre biodiversidade e a preservação das espécies animais são encontradas quando Noé leva para a Arca os casais de cada espécie. É ainda na referida Arca que aparecem os primeiros registros sobre lixo na medida em que um andar inteiro era reservado para essa utilização. No livro do Deuteronômio, cap. 20, 19, já aparece a proibição do corte de árvores frutíferas: “Quando tiveres que sitiar uma cidade durante muitos dias , antes de atacá-la e tomá-la, não deves abater as suas árvores a golpes de machado – alimentar-te-ás delas sem cortá-las”.
Por todas essas razões expostas, fica patente a necessidade de preservar a natureza, até por instinto de sobrevivência do homem.
E disse Deus no Gênesis :”Façam-se as árvores – e Ele viu que tudo era bom”.

Sebastião Heber.Prof. de Antropologia da Uneb, da Faculdade 2 de Julho e da Cairu. Membro do IGHB, da Academia Mater Salvatoris, da Associação Nacional de Interpretação do Patrimônio.Colabora nas Paróquias da Vitória e de S. Pedro.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

FESTA DE CORPUS CHRISTI O SENTIDO DE UMA PRESENÇA

Sebastião Heber

Hoje a Igreja Católica celebra o dia de Corpus Christi, que é uma retomada da 5ª f. Santa, dia em que foi instituída a Eucaristia.Além da celebração da Missa Solene, haverá procissões em todos os recantos , dioceses, paróquias e capelas.Alguns lugares mantêm a tradição de colocar imensos tapetes de flores para a hora da procissão com a Hóstia consagrada,isto é, o Santíssimo Sacramento. Os católicos , e vários outros ritos, ligados ou não a Roma, ortodoxos, bizantinos, coptas, melquitas,etc.,acreditam na presença real. Os anglicanos têm uma reverência especial para esse momento litúrgico.Os irmãos evangélicos, das igrejas históricos têm um grande respeito à Ceia do Senhor, assim como os grupos constituídos mais recentemente.Os luteranos, continuam, de alguma forma, a crença do seu fundador. Para Lutero a Eucaristia consistia na presença real “in actu”, isto, enquanto dura a celebração há “a presença real”, como a denominam os católicos – após a Ceia, aqueles elementos não conservam mais a dimensão espiritual que tivera na celebração.
De qualquer forma, o Cristo , “o pão vivo descido do céu”, pode ser encontrado através de diversas “memórias”, e assim, o “fazei isto em memória de mim”, continua de forma litúrgica e sacramental, alcançando-nos nos nossos dias.Durante a celebração litúrgica faz-se a memória de Jesus, de sua vida, de sua morte, de sua ressurreição, e assim, Ele se torna presente no meio de todos, crentes e descrentes.
É interessante observar que na grande parte das religiões conhecidas, o alimento tem uma preponderância. Ele é sinal de vida. Os judeus, no Antigo Testamento, além de oferecerem as primícias da terra e dos rebanhos ao Senhor Deus Criador, após a libertação do Egito, começaram a celebrar a Páscoa (Pessach em hebraico), isto, a passagem salvadora de Javé que os libertara do inimigo.No cristianismo, a Última Ceia de Cristo , o pão e o vinho consagrados, são o centro de toda a sacramentalidade. Os primeiros cristãos chamavam-na de “bonum maximum”, isto é, o bem maior que temos, ou que Cristo deixara aos seus seguidores. A Teologia clássica diz que “ a Igreja faz a Eucaristia e a Eucaristia faz a Igreja”. Também é bom lembrar da sacralidade que representa o alimento no candomblé, religião tão próxima da formação religiosa de muitos brasileiros e tão bem representada aqui na Bahia. Lá a comida do homem torna-se comida de santo, e repetindo o antropólogo Raul Lody, “santo também come”.Assisti numa 6ª f. Santa no Candomblé do Pai Edinho de Maragogipe, a uma refeição sagrada em homenagem ao Cristo Morto. Que ambiente místico, impregnado de oração. Todas as comidas baianas foram apresentadas, além do bacalhau. Tudo era realizado num clima de silêncio. Todos sentados numa grande mesa, mas como eram muitos os filhos-de-santo, havia outros sentados pelo chão. No final da mesa havia um pequeno altar com a cruz, um cálice de vidro com vinho, pão e trigo e a Bíblia. No final da refeição, o Babalorixá fez uma prece em ioruba, acompanhado pelos presentes. Quando todos terminaram, a comida que sobrou foi envolvida com as toalhas da mesa e levada em procissão para ser “sepultada” no bosque que fica ao lado do Terreiro. Dessa forma, eles reverenciaram, com a comida,a memória do Corpo do Senhor Morto.
Na tradição cristã, a Eucaristia é chamada por várias designações : Ceia do Senhor, Fração do Pão,Assembléia Eucarística, Memorial, Santo Sacrifício,Santa e Divina Liturgia, Comunhão e Santa Missa.
Com relação à história, paradoxalmente, essa festa foi instituída numa época em que se comungava pouco. A primeira celebração data de 1246 em Liège, na Bélgica e foi o Papa Urbano IV, que, pela Bula “Transiturus”, de 11 /08/1264, estendeu a toda a Igreja essa festa .Ptolomeu di Lucca afirma que foi Santo Tomás de Aquino quem redigiu, a pedido do Papa, os textos da Missa dessa festa. Ao longo do século XIV a data tomou um grande desenvolvimento na cristandade e criou-se o costume de fazer uma grande procissão, começando o costume de se colocar a Hóstia consagrada em relicários, que se chamaram de ostensórios.
A oração, chamada de “Seqüência”, cantada nesse dia, diz em alguns dos seus muitos versos:
“Quão solene a festa, o dia , que da santa Eucaristia, nos recorda a instituição / O que Cristo faz na Ceia, manda à Igreja que o rodeia, repeti-lo , até voltar / Faz-se carne o pão de trigo,faz-se sangue o vinho amigo, deve o crer todo cristão / Pão e vinho , eis o que vemos, mas ao Cristo é que nós temos, em tão ínfimos sinais”.

Sebastião Heber.Prof. da Uneb, da Faculdade 2 de Julho e da Cairu. Membro do IGHB, da Academia Mater Salvatoris, da Associação Nacional de Interpretação do Patrimônio.Colabora nas Paróquias da Vitória e de S. Pedro.

OS 200 ANOS DA FAMILIA REAL NO BRASIL E O INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA BAHIA

Sebastião Heber

Mais uma vez o IGHB presenteia a comunidade acadêmica da Bahia com um Simpósio Internacional. Desta vez é para comemorar, refletir e discutir sobre a presença da Família Real no Brasil, dentro das comemorações dos 200 anos deste acontecimento. O tema oficial é :A Família Real na Bahia. A abertura foi no dia 13 de maio numa sessão comemorativa dos 114 anos de fundação daquela instituição. A palavra de abertura coube à Presidente Profª Consuelo Pondé de Sena acompanhada da palavra do orador oficial da casa que é o Prof. Edivaldo Boaventura. Ele fez uma homenagem aos sócios falecidos recentemente : o Senador Antonio Carlos Magalhães, Evandro Andrade. George Modesto, Iramaia Carvalho,Lafayete Ponde,Pedro Maia e Renato Mesquita. Como abertura dos trabalhos, houve a conferência do Prof. Arno Wehling, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro sob o título : “O processo de crescente diferenciação do Brasil em relação a Portugal no período joanino”. Foi também lançado a 2ª edição do livro “Apontamentos da Imprensa na Bahia”.Sócios correspondentes também foram diplomados.
A programação oficial se desenvolve na sede do IGHB de 14 a 16 de maio.
No dia 14, houve pela manhã a palestra de Miguel Monteiro (Portugal) :”D. João VI,um rei amado ou odiado?” Em seguida Manuela Mendonça (Presidente da Academia Portuguesa de História) foi proferida a conferência intitulada : “Um reino na Europa com um rei na América”.À tarde teve lugar uma Mesa Redonda sob o título “A Família Real na Bahia”. Ainda à tarde houve a conferência de Antonio Pedro Vicente (Universidade Nova de Lisboa) sobre as “Conseqüências para o Brasil da transferência da Corte”.
No dia 15, haverá a palestra de Mary Del Priore (Universidade de S. Paulo) sob o título : “Domingos Borges de Barros: um baiano notável no tempo dos Braganças”.Em seguida Francisco José Falcon (Professor da Universo, Rio de Janeiro) terá como tema “A história da história da família real”. À tarde haverá a Mesa Redonda com o tema “Família e Sociedade”. Em seguida, às 16:00 h. haverá outra Mesa Redonda sob o tema “Religião e Gênero” onde estarei apresentando o tema : “Tollenare, século XIX- a religião na Bahia na visão de um viajante”.Marli Geralda falará sobre “Religião e etnia na história da sociedade baiana” e Elisete Silva sobre os “Anglicanos no Brasil e na Bahia”.
No dia 16, 6ª f., Pablo Sotuyo Blanco (Escola de música da Ufba) falará sobre “A música na Bahia em tempos de D. João VI”. Em seguida haverá a Mesa redonda com o título “Educação e Cultura”. À tarde haverá duas Mesas Redondas sob os temas “Economia e Política” e “Perspectivas historiográficas do século XIX: período joanino”.
Às 19:00h será o encerramento com apresentação musical.
Os Mini-Cursos serão realizados no Campus da Lapa da Ucsal e versarão sobre os temas : “As missões artísticas do período joanino”, e “Marcos de Noronha de Brito, um missionário na Corte de D. João VI”.
O tema que me coube na Mesa Redonda,foi “Tollenare,século XIX- a religião na Bahia na visão de um viajante”. Ele é um comerciante francês que aqui veio com o intuito preciso de comerciar o algodão da região. Mas nos legou uma obra ímpar com suas impressões sobre os dois estados que visitou, Pernambuco e Bahia, mesmo que não tivesse o objetivo de escrever um livro. Através de Ferdinand Denis, sabia-se da existência em Paris de um manuscrito na Biblioteca de Stª Genoveva sobre a viagem a Portugal, Pernambuco e Bahia de autoria do francês L.F. Tolennare.O livro é intitulado “Notas Dominicais” por ser o resultado de observações que ele elaborava aos domingos, uma vez que estava envolvido nas atividades comerciais durante a semana. Um século mais tarde chegou ao Brasil, traduzida por Alfredo de Carvalho na Revista do Instituto Arqueológico e Geográfico de Pernambuco a parte relativa a esse estado e no volume XIX do IGHB a segunda parte relacionada à Bahia.
Oliveira Lima conhece, descreve e comenta esse trabalho de Tollenare. Ele aqui chega no final de 1816 e só regressa no início de 1818, tendo vivido em Pernambuco todo o episódio da Revolução de 1817.
Aqui chegando , ele constata aquilo que mais tarde G. Freyre irá comentar em Casa Grande e Senzala, que o nosso catolicismo não era o dos Cânones tridentinos, mas sim aquele que, no contato com as formas afras, “como que se amorenou, os santos adquirindo da terra uma cor mais quente de carne que a européia”.Ele visitou conventos, como o de Stª Tereza em Olinda e lá se espantou que os frades fossem servidos por escravos. Diz ele:”Testemunhei o meu pasmo por ver cristãos manterem cristãos na escravidão;responderam-me que os beneditinos possuíam engenhos e por conseqüência, escravos.Parece que as leis canônicas o autorizam”. Também se admirou ao passar na rua e ver um padre levando o Santíssimo Sacramento e logo “todo mundo se ajoelhar e até os soldados, quando havia um corpo de guarda, rufarem os tambores e acompanharem o sacerdote”.Também lhe causou espécie a relação religião e escravidão por que testemunhou a chegada de muitos navios negreiros.Assistiu a batismos de escravos; mas os que vinham de Moçambique e Angola já eram batizados lá. Também assistiu a casamentos, permitidos pelo senhor, mas que, ao mesmo tempo, os casais poderiam ser vendidos separadamente.E também presenciou senhores cortarem a celebração da Missa aos escravos, para economizar o pagamento ao padre, alegando que “ o sacrifício da Missa é de ordem demasiado elevada para aquela gente”.
Sebastião Heber.Prof. da Uneb, da Faculdade 2 de Julho e da Cairu. Membro do IGHB, da Academia Mater Salvatoris, da Associação Nacional de Interpretação do Patrimônio.Colabora nas Paróquias da Vitória e de S. Pedro.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O SINCRETISMO RELIGIOSO NA BA

Carga horária :04 h Dia 20/05/2008 INFO Colegiado de Comunicação 3114-3412 e 3400

Local : Faculdade 2 de Julho

Ementa

Estudo da religião como fenômeno e expressão cultural. Noções básicas sobre o conhecimento religioso. Conceitos e teorias sobre religião. Sincretismo religioso, história e desenvolvimento no Brasil e na Bahia.

Justificativa

São 500 anos de sincretismo mágico-religioso,cuja resistência histórica a controles institucionais termina apontando para uma característica diacrítica da própria cultura brasileira.Essa acumulação mágica tem permitido ao homem brasileiro uma experiência religiosa de grande amplitude, envolvendo a crença na proteção dos santos, no controle dos orixás, na cura xamanística dos caboclos. Tal análise rejeita qualquer interpretação que considere nossos padrões de religiosidade como baseados na ignorância; são expressões da capacidade de resistência e sobrevivência. A Bahia, especialmente Salvador, é o palco natural onde esses valores foram cristalizados.Eles se conservam hoje como exemplo da junção de elementos que fundiram as bases mais singulares de um sincretismo único dentro do fenômeno das religiões.

Objetivos

Geral
- Proporcionar elementos para se compreender a evolução das expressões religiosas sincréticas, encontradas na Bahia e no Brasil.

Específicos
- Propiciar a familiarização e o entendimento dos elementos sócio-históricos que teceram a evolução da religiosidade afro-brasileira.
- Desenvolver a capacidade de diálogo cultural com grupos religiosos , descobrindo neles a expressão concreta de valores ligados à nossa ancestralidade.



Conteúdo programático

1- Conceito e teoria da religião
- Teoria psicológica
- Teoria sociológica
2- Ritos de passagem : ontem e hoje
3- O catolicismo barroco e o processo do sincretismo afro-brasileiro
4- Irmandades e Confrarias : lugares de resistência
5-Atualização e tipificação: Irmandade da Boa Morte da Cachoeira,de S. Gonçalo dos Campos e de Stª Brígida
6-Diálogo e Tolerância
7-Bahia, terra de encontro de culturas , terra de encontro de religiões

Metodologia

Parte teórico-expositiva, com debates e vídeo

Referências bibliográficas

BASTIDE,R. O candomblé da Bahia.S.Paulo: Cia. Das Letras,2001.

COSTA,Sebastião Heber Vieira.A Festa da Irmandade da Boa Morte e o Ícone Ortodoxo da Dormição de Maria. Salvador: Publicação da Câmara de Vereadores da Cachoeira.2002.

----------- Alguns aspectos dos cultos afro-brasileiros, em vista de uma adequada pastoral da iniciação cristã. Dissertação de Mestrado. Pontifício Instituto Teresianum. Roma,1984.

FREYRE,G.Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio 1987.

GAARDER, J. et al. O livro das religiões.S. Paulo: Cia das Letras.2000.

5- LARAIA,R.Cultura, um conceito antropológico.Rio de Janeiro: Zahar,2000.

6- RAMOS,A. O negro brasileiro.Recife: Massangana.1980.

7- SANTOS,Beni et al. A religião do povo.S.Paulo: Paulinas, 1978.

8- TAVARES,L. Antonio. História da Bahia. S.Paulo: UNESP; Salvador:Edufba.2001.

9- VERGER,P. Flux et reflux de la traite des nègres. Paris: Mouton.1968.


Prof. Sebastião Heber Vieira Costa