terça-feira, 16 de setembro de 2008

Mons. Walter Pinto e a Missa da festa do Orago S. Bartolomeu

No domingo passado ( 24/09/08), Maragojipe esteve em festa por causa das celebrações do seu Padroeiro, S. Bartolomeu.O Pároco, Pe. ReginaldoMoraes, na mensagem do Programa da Fest, conclamou “os paroquianos e todos os batizados a vestirem a camisa de Jesus Cristo, como o fez S. Bartolomeu”.
A Missa solene das 10:00 h foi celebrada pelo Mons. Walter Pinto, Pároco de S. Amaro, Vigário Episcopal do Recôncavo e concelebrada por mais quatro padres.
Na homilia, ele apresentou importantes elementos constitutivos da vida cristã. Deixo que ele mesmo fale :
“Começamos essa homilia com uma pergunta : O que define o cristão ? Os conselhos de Jesus no Evangelho aqui formulados adquirem sentido pleno no contexto do caminho de Jerusalém :’ Se alguém quiser me seguir e não renunciar a seus familiares, não pode ser meu discípulo’.
O que define especificamente o discípulo de Jesus ? A opção responsável e definitiva por Cristo e pelo seu Evangelho é o que especifica esse discipulado. Trata-se de uma característica e não de uma mera pertença sócio-religiosa à Igreja. Os conselhos evangélicos, as advertências e os apelos de Jesus são para todos. Seguir a Cristo como discípulos tem um preço. É o que nos é apresentado por Jesus: a entrega total e a plena disponibilidade para Ele., pondo o valor do seguimento do Reino de Deus acima de todo o afeto humano. Quem recebeu a fé por herança familiar, encontrou o caminho feito e pode julgar-se isento de procurar o rosto de Jesus vivo. Mesmo se não há uma opção pessoal por Cristo, nunca chegaremos à meta pascal do cristianismo, isto é, ser homens e mulheres que nascem de novo continuamente através de uma conversão contínua a Deus através de Jesus Cristo na força do Espírito Santo.
A essência do cristianismo não consiste na aceitação de dogmas, de normas morais, de cânones, de normas litúrgicas, da hierarquia institucional, mas na aceitação da pessoa de Jesus Cristo que morreu e ressuscitou para a nossa salvação. Ele é o Messias, o Filho de Deus, o seu rosto humano. Ele é a pedra angular do edifício que é a Igreja, porque apenas Cristo é ‘o caminho, a verdade e a vida’.
Perante os caminhos, os sistemas e regras de conduta, Cristo é caminho perante as verdades, os princípios e ideologias humanas. Em síntese, Ele é o caminho que conduz à verdade e à vida, como sempre ensinou a Igreja desde os primeiros pregadores, os Padres da Igreja.
Fazemos o caminho se caminhamos com Jesus e os irmãos. Pois não seremos irmãos se não nos amarmos, especialmente aos mais pobres ;’ O que fizerdes a um dos irmãos, até aos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes’.
O que nos diferencia dos que não têm fé é o chamado a acrescentar à realidade diária a participação na vida de Cristo pelo Batismo, como filhos adotivos de Jesus pelo dom do Espírito Santo. É a Jesus que se segue como modelo até chegar-se à identificação com Ele. É revestir-se de Cristo e ter os mesmos sentimentos, atitudes e ações na vida e como diz o Apóstolo Paulo cujo jubileu,o bimilenário de nascimento, estamos celebrando: ‘Já não sou que vivo , mas é Cristo que vive em mim’, é o que nos diz o Apóstolo.
O cristão verdadeiro reveste-se de uma visão de vida do homem e do mundo sob um olhar diferente. Nele há uma estabilidade que vence a mesquinhez e o desprezo, uma paz que se sobrepõe às dificuldades e ao desamor, uma alegria que supera a tristeza e o mau humor. Tudo isso é fruto da esperança cristã. E, sobretudo, o mais atraente do seu perfil, é a abertura para os outros, o acolhimento sem discriminação, a disponibilidade e a partilha com os outros, especialmente com os mais humildes – isso é a vivência da caridade e a fraternidade em Cristo.
Para concluir, peçamos ao nosso Padroeiro S. Bartolomeu, que hoje celebramos com tanto festa, que sejamos discípulos com fé, sobretudo, esperança alegre, caridade ardente, uma vida nova em Cristo ressuscitado, vencedor do pecado e de tudo que conduz à morte. Ser testemunha dessa vida num mundo marcado ela cultura da morte, é uma honra e dever nosso de cristãos”
O Pároco ainda, na mensagem da festa, convidou os fiéis para estudarem as Cartas Paulinas indicadas para cada comunidade, da sede e da zona rural, que são mais de cinquenta.
Pela Lei Provincial n° 389, de 8 de maio de 1850, foi a Vila de Maragojipe, no governo do Dr. Álvaro Tibério de Moncorvo e Lima, que presidia interinamente a Província da Bahia, elevada à categoria de Cidade, com o título de Patriótica Cidade.

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